Osteopenia – Sintomas, Tratamentos e Causas

O que é Osteopenia?

A osteopenia se caracteriza por um desarranjo na microarquitetura do osso, levando a uma diminuição e fragilidade da densidade mineral óssea. Ela vai surgir quando menos de 30% da massa óssea foi perdida.

A osteoporose é um grau mais avançado de perda de massa óssea em relação à osteopenia. Geralmente surge quando 30-40% da massa óssea já foi perdida. É uma doença mais grave, silenciosa e com potenciais riscos de fraturas.

Tipos

A osteopenia é um estágio anterior à osteoporose. Não é dividida em graus ou subtipos, por isso, A classificação da osteopenia é uma só. Entretanto, a densidade mineral óssea pode ser dividida em três diferentes graus:

  • Osso normal
  • Osteopenia
  • Osteoporose.

Causas

As causas de uma baixa densidade mineral óssea são:

  • Baixa ingesta de bebidas lácteas e derivados
  • Doenças que levam a uma má absorção das proteínas como diarreias crônicas, alimentação deficiente em proteínas ricas em cálcio e vitamina D na infância/adolescência
  • Doenças osteo-metabólicas que implicam em uma deficiência no controle de vitamina D e cálcio nos ossos, como doenças da tireóide e doenças reumatológicas auto-imunes (artrite reumatóide, espondilite, lúpus).

Fatores de risco

  • Fatores genéticos: a hereditariedade influencia em cera de 70 % da massa óssea
  • Idade da menopausa (menopausa antes dos 40 anos de idade)
  • Tabagismo
  • História de fraturas (fraturas de baixo impacto)
  • Peso corporal (muito baixo ou obeso)
  • Uso prolongado de medicamentos a base de corticosteróides
  • Atividade física irregular/sedentarismo
  • Idade avançada (após menopausa).

Sintomas

Sintomas de Osteopenia

A osteopenia não apresenta sintomas, é uma doença silenciosa. Pode se apresentar com fratura, dependendo da propensão para baixa massa óssea de cada paciente.

Buscando ajuda médica

A necessidade de uma consulta médica é dada através da presença de fatores de risco para fratura. A presença deles são os principais sinais de alerta para o médico.

Diagnóstico

O diagnóstico é dado através do exame de densitometria óssea. A densitometria óssea é utilizada para avaliar a densidade mineral óssea do paciente.

Exames

Os exames são a densitometria óssea e exames laboratoriais que serve para avaliar a bioquímica óssea. Esses exames são pedidos no período da pós-menopausa da paciente.

Tratamento de Osteopenia

O tratamento se faz através da correção de alguma deficiência dos sais minerais que compõe a matriz óssea, se houver; e, através da mudança dos hábitos de vida do paciente, como dieta e exercícios.

Convivendo/ Prognóstico

Abandonar os principais fatores de risco como tabagismo e sedentarismo já é um bom começo. Os exercícios mais recomendados são aqueles com um pouco de impacto, como corridas, musculação, caminhadas mais rápidas, dança.

Exercícios na água como natação e hidroginástica não são recomendados pois não ajudam na mobilização de cálcio e vitamina D para dentro dos ossos.

Complicações possíveis

As complicações são evolução para osteoporose, ou seja, um grau mais avançado da doença, com maior perda de massa óssea ou pode evoluir para fraturas em um paciente com muitos fatores de risco ou com muitas doenças associadas, como diabetes e hiperparatireoidismo.

Osteopenia tem cura?

A estabilização da doença depende do tratamento correto da causa da osteopenia. Melhorar o estilo de vida dos pacientes buscando tratar possíveis deficiências vitamínicas e abandonar velhos hábitos como sedentarismo, tabagismo e baixa ingesta de bebidas lácteas já é capaz de evitar que a doença avance e que haja um controle adequado da perda de massa óssea.

Prevenção

A osteopenia pode ser prevenida através da mudança de estilo de vida do paciente que apresenta os principais fatores de risco para baixa massa óssea e fraturas. É importante lembrar que o período da menopausa deve ser orientado pelo médico ginecologista que presta assistência a esta paciente.

Discutir com seu médico sobre terapia de reposição hormonal adequada e o momento certo para solicitar a primeira densitometria óssea é fundamental para um bom prognóstico e tratamento da doença.

O tratamento da osteopenia não se faz com medicamentos utilizados para tratamento da osteoporose, exceto quando há uma indicação específica.

Procure sempre seu médico reumatologista para uma avaliação da saúde óssea após a menopausa.

7 dicas para preservar a saúde dos ossos

Ao longo da vida, os ossos passam por um processo contínuo de remodelação, no qual os tecidos ósseos maduros são removidos e novos tecidos são formados e adicionados à musculatura. Esse processo é fundamental para a manutenção da integridade do esqueleto.
Durante a infância e adolescência, a remodelação óssea acontece de forma veloz, o que faz com que os ossos novos sejam formados antes mesmo de os ossos antigos serem destruídos, resultando em tecidos grandes e fortes. Depois dos 30, esse processo muda e a estrutura óssea tende a diminuir naturalmente com o passar do tempo.
Entre as mulheres, a perda óssea acontece de forma mais rápida do que entre os homens, principalmente, nos primeiros anos após a menopausa, podendo resultar em osteoporose, condição caracterizada pela baixa densidade mineral e degeneração dos ossos, que aumenta o risco de fraturas.
Apesar de o envelhecimento estar relacionado à diminuição das estruturas ósseas e a um risco elevado de osteoporose, existem algumas medidas que podem contribuir para a manutenção da saúde do esqueleto, independentemente da idade. Veja a seguir quais são elas:

Fique de olho na sua dieta

Procure ingerir alimentos fontes de cálcio. Embora os laticínios sejam as principais fontes desse mineral, há outros alimentos, como o suco de laranja, que também contém altos níveis de cálcio. Frutas, vegetais e grãos fornecem outros minerais cruciais para a saúde óssea, como é caso do magnésio e o fósforo.

Garanta a absorção de vitamina D

A vitamina D desempenha um papel importante na absorção de cálcio pelo organismo e na saúde dos ossos. Embora possa ser obtida por meio de alguns alimentos como gema de ovo, peixe de água salgada e fígado, a principal fonte de produção dessa vitamina é a exposição solar. Por isso, procure manter exposições regulares ao sol sem protetor solar antes das 10h e depois das 16h.

Mantenha seu peso adequado

Essa dica é particularmente importante para as mulheres. Os períodos menstruais geralmente cessam em mulheres que estão abaixo do peso (seja em razão de uma dieta pobre ou exercício excessivo) e isso pode significar que os níveis de estrogênio estão muito baixos para suportar o crescimento ósseo.

Não fume

Mulheres que fumam têm níveis mais baixos de estrogênio em comparação aos não fumantes e, por isso, muitas vezes entram mais cedo na menopausa. Além disso, quem é fumante pode absorver menos cálcio do que não fumantes.

Modere o consumo de bebidas alcoólicas

O consumo regular de álcool pode ser prejudicial ao esqueleto, mesmo em mulheres jovens e homens. Aqueles que bebem muito são mais propensos à perda óssea e fratura por causa da má nutrição e aumento do risco de queda.

Pratique exercícios físicos regulares

Assim como o músculo, o osso é um tecido vivo que responde ao exercício se tornando mais forte. Exercícios de sustentação de peso são os melhores para os ossos porque o forçam a trabalhar contra a gravidade. Exemplos: musculação, caminhada, corrida, tênis e dança.

Converse com seu médico sobre seus fatores de risco

Certas condições médicas (como a doença celíaca) e alguns medicamentos (esteroides, entre outros) podem aumentar as chances de desenvolvimento de osteoporose. É importante conversar com seu médico para desenvolver uma estratégia de prevenção da doença.

Como prevenir a osteoporose?

Com certeza você já ouviu falar ou conhece alguém que sofra de osteoporose . Isso porque essa é uma das doenças ósseas mais comuns. Estudos realizados pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) e pela Associação de Pacientes e de Combate à Osteoporose (FENAPCO) revelaram que cerca de 10 milhões de brasileiros têm o problema.

Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos desenvolve o problema, sendo que 75% dos casos só são descobertos depois da primeira fratura.

Como é de se imaginar, é preciso se prevenir para não entrar no grupo de pessoas portadoras da doença. A pesquisa “Firme e Forte Osteoporose”, divulgada pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, apontou que 70% das mulheres brasileiras com idade entre 16 e 44 anos acreditam que a prevenção só começa na idade adulta, mas é importante manter hábitos saudáveis por toda a vida.

Por isso, reunimos algumas informações importantes sobre o tema.

Afinal, o que é osteoporose?

Clinicamente falando, a osteoporose é a perda de massa óssea. O que acontece é que o osso vai diminuindo sua densidade por causa de diversos fatores, até que atinge um ponto de extrema fragilidade. Assim, pode haver uma fratura a partir do mais leve contato.

A perda de massa óssea é algo que ocorre naturalmente, mas de forma reduzida a partir dos 40 anos, tanto em homens quanto em mulheres (a diferença é que elas sofrem uma aceleração dessa perda durante a menopausa).

Apesar de ser algo natural, é preocupante e deve ser avaliada com frequência. Uma perda de 10% na coluna pode dobrar o risco de fratura nas vértebras, enquanto uma redução de 10% na massa óssea do quadril aumenta em 2,5 vezes as chances de quebra da bacia.

Como prevenir a osteoporose antes de atingir a idade crítica?

O recomendado é começar a prevenção antes dos 40 anos. A principal forma de prevenção é a alimentação. É preciso consumir alimentos que consigam fornecer as quantidades ideais de cálcio para o organismo, além de vitamina D e de outros elementos, como magnésio e fósforo.

Veja abaixo, uma lista do que inserir em seu cardápio para fortalecer os ossos:

  • leite e derivados: ótimas fontes de cálcio, proteína e fósforo;
  • peixes gordurosos (como o salmão): contêm cálcio, vitamina D, proteínas e magnésio;
  • fígado e óleo de fígado: excelentes fontes de vitamina D;
  • verduras verdes (brócolis, couve, repolho, agrião, etc): ricos em cálcio e magnésio;
  • leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha): contêm proteínas, ferro e magnésio;
  • cogumelos (shitake, shimeji, cogumelo Paris, etc): boas fontes de vitamina D.

Prevenção muito além da dieta

Existem outras medidas que combatem o surgimento de problemas ósseos, ente elas a prática de exercícios físicos. Atividades como corridas e caminhadas são essenciais não apenas para prevenir a fraqueza óssea, mas para auxiliar em todo o funcionamento do organismo. Elas geram forte impacto nos ossos e nas articulações, e o corpo entende isso como uma necessidade de aumentar a massa óssea para resistir. Além desse detalhe, a prática de exercícios otimiza a absorção de cálcio pelo organismo.

Outra dica importante: não fume e não consuma bebida alcoólica em excesso. O cigarro prejudica a massa óssea de forma direta e indireta. As substâncias tóxicas presentes no produto enfraquecem as células responsáveis pela formação dos ossos e modificam o metabolismo do estrogênio, o hormônio feminino que tem como função proteger o tecido ósseo.

No caso do álcool, ele dificulta a absorção de cálcio pelo organismo, o que gera a diminuição da massa óssea.

Por fim, uma boa forma de evitar a osteoporose e controlar seu avanço é consultar-se com um ortopedista e fazer exames para avaliar a densidade óssea. Mulheres acima dos 65 anos e homens com mais de 70 devem realizá-los anualmente.

Densitometria óssea: como esse exame é feito e para que serve?

Diversas tecnologias têm permitido grandes avanços na medicina diagnóstica. Uma delas é a densitometria óssea, que é capaz de detectar osteoporose e osteopenia logo nos primeiros estágios. Você sabe como esse exame é feito e quando ele é indicado?

Para ajudá-lo a esclarecer esses questionamentos, reunimos informações relevantes sobre o assunto. Acompanhe!

O que é densitometria óssea?

Trata-se de um exame bastante simples e rápido, que baseado na dupla emissão de raios X, permite a avaliação da densidade mineral do osso. Dessa maneira, é possível verificar a quantidade de massa óssea, possibilitando o diagnóstico precoce e o tratamento da osteoporose — além de viabilizar a avaliação do risco de fratura.

A densitometria óssea utiliza equipamentos modernos, sendo o método mais utilizado para investigar a perda de massa óssea. Ela é feita com um tipo especial de raio-x — o DXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry). No entanto, a radiação emitida é muito baixa, cerca de 10 vezes menor do que uma radiografia convencional.

Enquanto o raio-x detecta a osteoporose apenas a partir de uma perda superior a 30%, a densitometria óssea consegue diagnosticar o problema logo no início. Isso é fundamental para se fazer um tratamento bem-sucedido e evitar que a doença evolua.

Para que serve o exame de densitometria óssea?

Basicamente, a densitometria óssea vai analisar a quantidade de cálcio presente no osso, o que é determinante para a densidade dele. A perda desse mineral é o que caracteriza a possibilidade de osteoporose ou osteopenia.

OSTEOPOROSE

A osteoporose é uma doença crônica e sistêmica, na qual o organismo deixa de produzir cálcio. Gradativamente os ossos ficam mais porosos, quebradiços e bem mais frágeis. É mais comum em mulheres a partir dos 65 anos de idade, mas também pode acometer homens e pessoas um pouco mais novas.

Em função da porosidade e fragilidade, os ossos se tornam cada vez mais suscetíveis a fraturas, de forma que qualquer queda, mesmo as ocorridas em casa, tornam-se uma preocupação. Ao contrário do que se imagina, geralmente a fratura é a causa da queda, e não a consequência.

OSTEOPENIA

Já a osteopenia pode ser entendida como um estágio inicial da osteoporose, em que a perda de massa óssea ainda não resultou em uma porosidade. Nessa fase, o osso demora mais para se recuperar de fraturas e fica um pouco mais fraco. Se não tratada, pode evoluir para a osteoporose.

OSTEOPOROSE X OSTEOPENIA

A principal diferença está no fato da osteopenia ser reversível. Há algumas medidas que podem ser tomadas com o intuito de recuperar a massa óssea perdida em pequena escala. Como por exemplo: tomar banho de sol regularmente em horários controlados, praticar atividades físicas.

Além disso, também é muito importante a prática de atividades físicas, a dieta rica em cálcio e a ingestão de alguns medicamentos de uso contínuo.

A osteoporose envolve uma perda muito grande de cálcio nos ossos, superior a 30%, sendo portanto, irrecuperável. Nesse caso, os ossos ficam frágeis, a ponto do próprio peso do esqueleto poder levar a fraturas espontâneas, causando a instabilidade que resulta na queda. É o que acontece quando um idoso fratura o colo do fêmur, por exemplo.

Vantagem da densitometria óssea

A grande vantagem da densitometria óssea é justamente a capacidade de detectar a perda mineral em um estágio inicial, quando ainda não pode ser visualizada por meio de raio-X.

Ou seja, o exame indica a ocorrência de osteopenia, favorecendo a prevenção da osteoporose.

A densitometria óssea é uma forma mais rápida, simples e barata de diagnosticar a osteoporose logo no início. É bom lembrar que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento e maior é a qualidade de vida do paciente.

INDICAÇÕES

Os médicos costumam pedir a densitometria óssea como exame de rotina para mulheres acima de 65 anos e homens a partir dos 70. No entanto, pode também ser recomendado para monitorar a doença já diagnosticada ou quando existem fatores de risco, tais como:

  • ocorrência de fratura prévia;
  • muitos casos na família (fator genético);
  • baixo peso corporal (Índice de Massa Corporal menor do que 18,5kg/m²);
  • uso de medicamentos que favorecem a perda de massa óssea (como corticoides).

Como é feita a densitometria óssea?

Para fazer o exame, não é necessário nenhum preparo especial. O paciente é encaminhado a uma sala, na qual fica o aparelho. A máquina irradia o corpo, e as imagens são captadas e enviadas para um computador. Esse procedimento é bem rápido (em torno de 5 minutos) e totalmente indolor. Os resultados são praticamente instantâneos, geralmente emitidos logo em seguida.

Por convenção, são examinados a coluna lombar e o fêmur, uma vez que são ossos maiores e muito sujeitos a fraturas. No entanto, o exame pode ser feito no corpo inteiro, visto que a osteoporose também se manifesta em qualquer tipo de osso.

RECOMENDAÇÕES

É importante evitar o uso de roupas com botões, fivelas ou adereços de metal, bem como sutiãs com aro, pois esses itens podem interferir nos resultados. Da mesma forma, joias e acessórios devem ser retirados.

Além disso, se for o caso, é recomendada a interrupção da suplementação de cálcio no dia do exame, pois a pílula pode aparecer no exame de coluna, influenciando no resultado.

Após o exame, o paciente está liberando para as suas atividades normais, não havendo nenhuma necessidade de repouso ou cuidado específico.